Atualizado em: 12/01/2021
Por volta do ano 1000, a região, assim como a maior parte do litoral brasileiro, foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia. Eles expulsaram os originais habitantes tapuias para o interior do continente. No século XVI, quando chegaram os primeiros europeus (franceses e portugueses) à região, ela era ocupada pela tribo tupi dos potiguaras. No século XVIII, a economia da região se baseava na extração de sal, na pesca, na criação de gado e na agricultura. Em 1844, o missionário frei João da Purificação orientou a construção da capela de santo Antão. Em 1847, a localidade foi elevada à condição de distrito pertencente a Touros. No ano seguinte, ganhou sua primeira escola. Era zona de pescarias de peixe-voador. O nome original da povoação era "Baixa Verde". Em 1912, a povoação foi invadida pela areia das dunas, forçando a transferência do povoado. O núcleo antigo passou, então, a ser chamado de "Caiçara, a velha", na praia atlântica. A nova povoação é a vila atual. A sua atual capela de Santo Antão é de 1915. Passou a pertencer a São Bento do Norte pelo decreto-lei de 31 de outubro de 1938. Pela Lei nº 6 451, de 16 de julho de 1993, Caiçara do Norte recebeu status de município.
Em Caiçara do Norte, estão cadastrados, na colônia de pescadores, 300 barcos e 1200 pessoas atuando na atividade pesqueira, com destaque para a pesca do peixe-voador. Essa espécie de peixe é tão abundante no local que sua venda é usualmente tratada por milheiro. E cada milheiro, com cerca de 142 quilos, é vendido por 40 reais. A sua produção em 1998 foi de 1100 toneladas. Por conta do fenômeno El Niño, em 1999, a produção caiu para 700 toneladas. Sendo, um dos recordistas, Epaminondas Quirino da Paz, de 77 anos, com 18 milheiros. Caiçara do Norte é, ainda, tida como um sítio de alimentação de outras espécies de peixe, como a sapuruna ou xira, agulhinha-preta, agulhinha-branca, dourado e a sardinha-laje .
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